26 dezembro 2010

A era LULA

No dia 1º de janeiro de 2003, Luiz Inácio Lula da Silva subiu a rampa do Palácio do Planalto com a missão de retomar o crescimento do Brasil e elevar a autoestima da população depois de anos de estagnação, desemprego e sufoco financeiro. Eleito na campanha mais emocionante da história da República, Lula emergiu como o depositário natural de uma vontade avassaladora de mudanças de 115 milhões de eleitores.
O cenário não era dos melhores após os oito anos da era Fernando Henrique Cardoso. O País, que representava a 10ª economia do mundo, tinha 7,8 milhões de desempregados, 22 milhões de miseráveis, além de uma dívida uma externa de R$ 199 bilhões.
Lula adaptou-se às novas regras, às reformas constitucionais e ao redesenho do Estado deixado por FHC e criou um governo ignorando, muitas vezes, as ideias de uma economia socialista do seu Partido dos Trabalhadores (PT).
A Carta ao Povo Brasileiro, publicada na campanha de 2002, enfatizou, além da necessidade de priorizar a questão social, a retomada do crescimento econômico. Os programas sociais, acusados pela oposição de voluntarismo, foram os principais responsáveis pela reeleição de Lula em 2006. "O povo sentiu na mesa, no prato e no bolso a melhora de vida", disse o presidente após a reeleição.

Bolsa Família

De fato, foi em boa parte graças ao Bolsa Família, programa que repassa dinheiro mensalmente a 12 milhões de famílias no País, somado ao aumento real do salário mínimo, à estabilidade da inflação e à queda no preço dos alimentos que Lula conseguiu a popularidade muitos dos votos.
No cenário internacional, Lula foi abençoado por uma conjuntura na qual o crescimento regular dos gigantes asiáticos alimentou saltos históricos em nossas exportações.
Durante a crise financeira mundial de 2008, o Brasil não passou incólume, mas esteve entre os últimos a entrar e os primeiros a sair. Hoje o Brasil é admirado por banqueiros e economistas. E não apenas o presidente Obama o chama o líder mais popular do mundo.
Apesar dos escândalos de corrupção envolvendo nomes de seu Governo denunciados ao longo dos dois mandatos, Lula deixa a Presidência com o maior recorde de aprovação.

FONTE: DIARIO DO NORDESTE

19 dezembro 2010

Guerrilha do Araguaia

A Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou o Brasil por não ter punido os responsáveis pelas mortes e desaparecimentos ocorridos na Guerrilha do Araguaia e determinou que sejam feitos todos os esforços para localizar os corpos dos desaparecidos. O Tribunal concluiu que o Estado brasileiro é responsável pelo desaparecimento de 62 pessoas, ocorrido entre 1972 e 1974.

Destaques sobre a Guerrilha:

  • A Guerrilha do Araguaia surgiu no início da década de 70 e foi um movimento de resistência à ditadura militar (1964-1985);
  • Foi o único movimento rural armado contra o regime militar - cujo combate mobilizou o maior número de tropas brasileiras desde a II Guerra Mundial;
  • Dos 69 militantes do Partido Comunista do Brasil  que estavam na área, 59 morreram no conflito, além de moradores da região também assassinados e das baixas das Forças Armadas - as estimativas variam entre quatro e 200 militares mortos. Do lado do governo, segundo O Globo, houve "casos de militares mortos no combate à Guerrilha cujos corpos foram entregues às famílias em caixões lacrados, acompanhados da explicação de que a morte ocorrera por acidente durante uma manobra de treinamento".
  • As Forças Armadas desencadearam três campanhas militares contra a Guerrilha. A partir da terceira campanha, os próprios militares passaram a se referir às operações que desenvolviam como "guerra suja". Os guerrilheiros não se tornariam prisioneiros de guerra. Simplesmente deixariam de existir. 
  • No Araguaia encontravam-se pessoas de diferentes formações: operários, camponeses, bancários, médicos, engenheiros, geólogos e, principalmente, estudantes universitários. 
  • A Guerrilha do Araguaia é mais um elo na longa cadeia das gloriosas lutas populares do Brasil. São muitos os exemplos: Cabanagem, Guararapes, Canudos, Contestado, Revolta da Chibata, Quilombo dos Palmares, Revolução dos Alfaiates...
FONTE: PLANO BRASIL e BATALHAS 

20 novembro 2010

O Crescimento Economico Asiatico


Qualquer um que olhe para a Ásia briguenta, vigorosa e talentosa de hoje deve se perguntar por que os gigantes dormem por tanto tempo, e por que os colonizadores ignoraram tanto a capacidade de seus povos subservientes.

Durante o século 15, a Era da Descoberta, a exploração foi motivada pelo desejo por riquezas na forma de especiarias, ouro e prata. Uma vez que a Revolução Industrial se iniciou na Inglaterra do final do século 18, o desejo passou a ser também por matérias-primas para alimentar as fábricas na Europa. Os novos ricos em Londres e no sul, com suas luxuosas casas de campo, queriam chá e café, ervas e especiarias, bens tropicais e sabores estranhos do Oriente.
O lema colonial, mais subentendido do que declarado, era simples: eles – os asiáticos – plantam e colhem. Nós fabricamos.
Embora os britânicos gostem de exportar seus valores, seu sistema de justiça e, de uma forma mais suave, o anglicismo (países católicos foram mais agressivos ao exportar a religião), eles mantiveram a revolução industrial em casa, e toda a indústria secundária se espalhou. Foi um dia de luto em Londres quando souberam que a espionagem industrial havia conseguido levar a tecnologia de produção de tecidos para os Estados Unidos.
Até hoje, os remanescentes do sistema que determinava que “o acréscimo de valor aconteceria na Inglaterra” podem ser vistos nos produtos especiais britânicos. As grandes casas de empacotamento de chá ainda ficam na Inglaterra e Irlanda, e alguns tipos de algodão ainda são tecidos na Inglaterra.
Mas nenhuma fábrica se espalhou para os impérios asiáticos das colônias europeias. Nenhuma transferência de tecnologia foi incentivada, e o enorme e latente talento da Ásia não foi reconhecido.
O Japão, sem influência colonial, industrializou-se na primeira parte do século 20, mas principalmente para mecanizar seu exército.
Foi só depois da 2ª Guerra Mundial que a Ásia se sacudiu e se livrou da coação europeia. Ironicamente, junto com o Japão, as colônias britânicas de Hong Kong e Cingapura mostraram o caminho.
Se a China demorou para se industrializar, ela compensou mais tarde, transformando o equilíbrio no mundo e abraçando a verdade central da Revolução Industrial: é preciso energia para fabricar e transportar bens.
A China convocou fornecedores de óleo e gás de países em desenvolvimento numa velocidade estonteante. Por outro lado, os Estados Unidos olham para a energia – o elemento indispensável para a produção industrial – através de uma lente ambiental, pós-industrial.
De acordo com a Associação Nuclear Mundial, a China tem projetos para 39 reatores e mais 23 sedo construídos. Há mais 120 na fila. Os Estados Unidos têm nove na fila e está construindo dois.
Os Estados Unidos não podem mais fabricar componentes grandes para reatores nucleares. Isso pode ser feito apenas no Japão; mas a China e a Coreia do Sul estão construindo novas fábricas para fazer o trabalho.
Nós dominamos o mundo em duas áreas muito disparatadas: tecnologia de defesa e entretenimento. Em quase todo resto, estamos escorregando.
Será um dia chocante para os norte-americanos quando pessoas de outro país chegarem à Lua, onde os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin pisaram em 1969. Mas isso acontecerá.
Fonte: PLANO BRASIL

12 outubro 2010

11 Outubro de 1939 - Carta com conteúdo explosivo


Em 11/10/1939, o Presidente Americano Franklin Roosevelt se reúne com o economista Alexander Sachs para discutir uma carta enviada em agosto por Albert Einsten. 
Nela, o cientista relata pesquisas europeias recentes sobre reações em cadeia utilizando urãnio que poderiam resultar em bombas atômicas extremamente poderosas - as bombas atômicas. Eistein destaca tambem a necessidade de os EUA fazerem o mesmo.

Veja um trecho da carta escrita por Eistein:

"Um único exemplar desse tipo, levado por um navio ou detonado em um porto, poderia muito bem destruir todo o porto junto com uma grande aréa ao seu redor"

FONTE: AVENTURAS NA HISTÓRIA







19 setembro 2010

Alô BCM/CAUCAIA, estamos de volta!



 AFEGANISTÃO


 DADOS PRINCIPAIS:

Área: 652.090 km²
Capital: Cabul
População: 32,3 milhões (estimativa 2007)
Nome Oficial: República Islâmica do Afeganistão
Nacionalidade: afegane
Governo: República Presidencialista
Divisão administrativa: 34 províncias

GEOGRAFIA: Localização: Ásia Central
Cidades Principais: Cabul, Qandahar, herat, Mazar-e-Sharif.
Clima: subtropical árido (maior parte) e desértico.
DADOS CULTURAIS E SOCIAIS: Composição da População: pashtun (38%), tadjiques (25%), hazarás (19%), uzbeques (6%), outros (12%).
Idioma: dari e pashtun (oficiais)
Religião: islamismo (98%), outras (2%).
ECONOMIA:
PIB (Produto Interno Bruto): US$ 7,3 bilhões (2005)
Força de trabalho: 15 milhões (2005)
Moeda: afegane

Estas são as datas mais relevantes na história do país:.
1919.- Afeganistão consegue a plena independência da Grã-Bretanha.
1919-1973.- Período de monarquia.
1973.- Golpe de estado perpetrado pelo príncipe Mohammed Dawoud derruba seu primo, o rei Zahir, e a república é proclamada.
1978.- Dawoud é derrubado e assassinado, e o país passa a ser governado por um Conselho Nacional Revolucionário presidido pelo líder do Partido Comunista, Mohammed Taraki, que assina um tratado militar com a UNião Soviética. É implantado um regime marxista, que é rejeitado pelo Exército e começa um conflito civil.
1979.- Surge o movimento mujahedin (um Exército irregular com laços islâmicos treinado e financiado por Arábia Saudita, Estados Unidos, Paquistão e outras nações muçulmanas) que combate o regime comunista afegão.
1979.- URSS invade o Afeganistão diante do medo de uma islamização de suas fronteiras, após a intensificação dos combates entre rebeldes (mujahedins) e tropas governamentais. Babrak Karmal, também comunista, assume a Presidência afegã com o apoio soviético.
1986.- Karmal é substituído por Mohammed Najibullah à frente do regime afegão, apoiado pela URSS.
1988.- Afeganistão, URSS e EUA assinam acordo de paz e começa a retirada da tropas soviéticas.
1989.- Os mujahedins combatem para derrubar Najibullah. No dia 15 de fevereiro do mesmo ano, termina a retirada das tropas soviéticas.
1992.- Movimento de resistência derruba Najibullah.
1993.- Mujahedins acertam a formação de um Governo presidido por Burhanuddin Rabbani e reconhecido por Otan e EUA. O regime comunista deixou um país em guerra civil e no qual as facções “mujahedins” brigam para assumir o poder.
1996.- Surge o movimento talibã, com o mulá Omar na liderança, integrado por jovens estudantes fundamentalistas formados em escolas corânicas, que sustentados pelo Paquistão, tomam Cabul. Cai o regime de Rabbani.
1997.- Talibãs já dominam 90% do país, enquanto Arábia Saudita e Paquistão reconhecem o regime talibã.
1998.- Em agosto, EUA bombardeiam supostos campos de treinamento no Afeganistão em resposta aos atentados contra suas embaixadas na África. Bin Laden, supostamente escondido nas montanhas afegãs, é apontado como responsável pelos ataques.
1999.- ONU impõe sanções contra o Afeganistão para que entregue Bin Laden.
2001.- Em 7 de outubro, depois dos atentados contra Nova York e Washington, os EUA, apoiados pelos Reino Unido, iniciam a chamada Operação “Liberdade Duradoura”, com ataques aéreos contra o Afeganistão, depois de o talibã se negar a entregar a Bin Laden.
Em novembro, forças opositoras tomam Mazar al-Sherif e pouco depois entram em Cabul e outras importantes cidades do país, o que representaria o fim do regime talibã e o desaparecimento do mulá Omar do panorama político.
No dia 5 dezembro, na Conferência de Bonn, Hamid Karzai é escolhido presidente interino, com o mandato de redigir uma Constituição e convocar eleições.
Em 7 dezembro, os talibãs entregam seu último reduto, Kandahar, mas nem Bin Laden nem o mulá Omar são capturados.
2002.- Em janeiro, chegam as primeiras forças de paz internacionais. Em junho o grande conselho afegão elege Karzai como chefe de Estado interino até 2004.
2003.- Durante todo o ano acontecem combates entre os talibãs e tropas governamentais. A Otan toma o controle da segurança em Cabul, em sua primeira missão fora de território europeu.
2004.- Em outubro, Karzai é eleito presidente após os primeiros pleito presidenciais democráticos.
2005.- Em setembro, os “senhores da guerra” se impõem nas primeiras eleições legislativas por voto universal.
2006-2007.- Aumenta a violência. Cerca de 4.400 mortos em 2006, e mais de 6.300 em 2007.
2008.- Durante este ano morrem 2.228 civis.
2009.- Violência custa a vida de 2.412 pessoas. No dia 10 novembro, Karzai renova seu mandato como presidente, após um polêmico processo eleitoral. Em dezembro, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anuncia o envio de 30 mil soldados a mais ao Afeganistão e o início da retirada para 2011.

14 agosto 2010

Lendas e Verdades sobre a Sexta- feira 13

Há muito tempo, certos dias ou épocas do ano são compreendidas como impregnadas de algum tipo de infortúnio ou má sorte. Atualmente, o encontro do dia 13 com a sexta-feira é repleto de lendas e crendices que deixam os mais supersticiosos de cabelo em pé.
Contudo, poucos sabem dizer qual é a verdadeira origem da “Sexta-feira 13”. De fato, as possibilidades de explicação para esta crença se encontram difundidas em diferentes culturas espalhadas ao redor do mundo. 
Assim vejamos:
  • Uma das mais conhecidas justificativas dessa maldição conta que Jesus Cristo foi perseguido por esta data. Antes de ser crucificado em uma sexta-feira, o salvador das religiões cristãs celebrou uma ceia que, ao todo, contava com treze participantes.
  • Outra explicação sobre essa data remonta à consolidação do poder monárquico na França, especificamente quando o rei Felipe IV sentia-se ameaçado pelo poder e influência exercidos pela Igreja dentro de seu país. Para contornar a situação, tentou se filiar à prestigiada ordem religiosa dos Cavaleiros Templários, que, por sua vez, recusou a entrada do monarca na corporação. Enfurecido, segundo relatos, teria ordenado a perseguição dos templários na sexta-feira, 13 de outubro de 1307.
  • De acordo com outra história, a maldição da sexta-feira 13 tem a ver com o processo de cristianização dos povos bárbaros que invadiram a Europa no início do período medieval. Antes de se converterem à fé cristã, os escandinavos eram politeístas e tinham grande estima por Friga, deusa do amor e da beleza. Com o processo de conversão, passaram a amaldiçoá-la como uma bruxa que, toda sexta-feira, se reunia com onze feiticeiras e o demônio para rogar pragas contra a humanidade.
  • Reforçando essa mesma crendice, outra história de origem nórdica fala sobre um grande banquete onde o deus Odin realizou a reunião de outras doze importantes divindades. Ofendido por não ter sido convidado para o evento, Loki, o deus da discórdia e do fogo, foi à reunião e promoveu uma enorme confusão que resultou na morte de Balder, uma das mais belas divindades conhecidas. Com isso, criou-se o mito de que um encontro com treze pessoas sempre termina mal.
Apesar de tantos infortúnios associados a essa data, muitos a interpretam com um significado completamente oposto ao que foi aqui explicado. De acordo com os princípios da numerologia, o treze – por meio da somatória de seus dígitos – é um numeral próximo ao quatro, compreendido como um forte indício de boa sorte. Além disso, indianos, estadunidenses e mexicanos associam o número treze à felicidade e ao futuro próspero.
 
Fonte: Brasil Escola

05 agosto 2010

Monumento aos Pracinhas - 50° aniversário


Criado com o objetivo de guardar os restos mortais dos militares brasileiros mortos na Segunda Guerra Mundial e para a divulgar a participação do Brasil naquele conflito, o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial – conhecido como Monumento aos Pracinhas -, localizado no bairro da Glória, na Zona Sul do Rio de Janeiro, comemora o seu 50° aniversário no dia 5 de agosto. 
E essa data será cercada de muitas comemorações. Diretor de Patrimônio Histórico e Cultural do Exército, o general Juarez Aparecido de Paula Cunha explica que o Monumento representa a memória da participação brasileira no conflito, com documentos históricos sobre o período, além de um mausoléu, construído para guardar os despojos dos combatentes mortos na guerra. 
O general revela a importância histórica do Monumento e afirma que estes espaços culturais deveriam ser melhor trabalhados por professores das escolas. Segundo ele, as aulas seriam muito mais ricas e com informações valiosas para os estudantes, além garantir a oportunidade de o docente unir o conteúdo programático com a prática. “Não só o Monumento aos Pracinhas, mas todos os outros espaços culturais são importantes para as escolas. O Forte de Copacabana, por exemplo, recebeu quase 700 mil visitantes. Deste total, cerca de 60 mil foram estudantes, que passavam o dia conhecendo a fortaleza, o museu, tendo a oportunidade de participar de um evento cívico”, destaca o diretor.
 
Fonte: PLANO BRASIL
 

21 julho 2010

ENEM 2009

O Inep divulgou em 19/07, as médias obtidas pelos participantes do Enem 2009 por escola pela quinta vez. Os resultados são calculados a partir do desempenho dos alunos concluintes e podem ser consultados  no site do INEP. No sistema será possível verificar as médias de todas as escolas do Brasil por modalidade de ensino, sendo os resultados apresentados para o Ensino Médio regular, para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e para as duas etapas em conjunto. Sete notas são divulgadas: as médias separadas das quatro áreas objetivas avaliadas no exame, a média da redação, a média das provas objetivas e a média geral (prova objetiva mais redação).
O número de escolas de Ensino Médio Regular com alunos que participaram do Enem aumentou de 24.253 em 2008 para 25.484 em 2009. Dentre as 27.306 escolas constantes do Censo Escolar 2009 que oferecem o Ensino Médio Regular, 93% tiveram alunos concluintes participando do exame. A variação mais significativa ocorreu no número de escolas que oferecem apenas a modalidade de Educação de Jovens e Adultos, que apresentaram um aumento de 16% em relação ao ano de 2008.
Fonte: INEP
Vamos Nós: Consulte se sua escola está relacionada na lista divulgada.

Programa Nuclear do Irã


Vamos Nós: Através das charges é possível interpretar as informações transmitidas a um determinado publico. Assim a partir de hoje (21/07/10) divulgaremos estes desenhos fabulosos para podermos nos deliciar-mos.

Fonte: Bicho Geografico

Brasil e Turquia: Foram "traídos pelo Conselho de Segurança e pelos EUA"

O presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, afirmou ontem que Brasil e Turquia foram "traídos pelo Conselho de Segurança e pelos Estados Unidos" depois que estes ignoraram o acordo alcançado pelos dois países com o Irã sobre seu programa nuclear. "O que os EUA e o Conselho de Segurança fizeram foi um insulto. (Brasil e Turquia) receberam uma missão e depois os traíram. Brasil e Turquia têm todo o direito de estar zangados", afirmou Larijani em um encontro com a imprensa em Genebra.
Segundo Larijani, o próprio presidente americano, Barack Obama, entregou uma carta dirigida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdongan, na qual pedia a intermediação de ambos com o Irã. "Eles próprios (Lula e Erdogan) me disseram pessoalmente. Me disseram que Obama lhes disse que queria começar uma nova etapa, que deixaria para trás o método do Conselho de Segurança. Nós aceitamos e depois todo mundo sabe o que aconteceu, foi um insulto para os três países", disse Larijani.

LEMBRE O CASO:
Em maio,  Brasil, Irã e Turquia assinaram um acordo segundo o qual os iranianos enviariam parte de seu urânio pouco enriquecido (3,5%) à Turquia. Em troca, receberia combustível nuclear enriquecido até 20%, nível adequado para uso civil e longe do necessário para fabricação de bomba atômica.

No entanto, o Conselho de Segurança aprovou uma nova rodada de sanções contra o Irã, a quarta até agora, por sua rejeição a suspender o enriquecimento de urânio. "Que tipo de lei internacional é essa que pune um país quando ainda não cometeu nenhum crime?", perguntou Larijani, ao insistir que o Irã só quer enriquecer urânio com fins civis e afirmou que as sanções não terão efeito. "A mais recente resolução da ONU terá o mesmo sucesso que as três anteriores em sua intenção de mudar o programa nuclear do Irã", declarou.
Fonte: Diario do Nordeste

Mudanças Climáticas



Grupos ambientais defenderam, ontem, que a seca e a onda de calor na Rússia, que causa grandes prejuízos à agricultura e já deixou pelo menos 500 mortos, são causadas pelas mudanças climáticas que aceleram o aquecimento do planeta.

"A onda de calor dos últimos dois meses é uma consequência das mudanças climáticas e especialistas do Greenpeace já encontraram provas disso. O governo da Rússia, de uma maneira ou de outra, terá que tomar providências para combater os efeitos das alterações do clima", afirmou a organização não-governamental (ONG) Greenpeace em comunicado.
Ativistas indicaram que os fenômenos deveriam ser causa de preocupação para o Kremlin, motivando o governo russo a tentar reduzir suas emissões de carbono, atualmente entre as mais altas do mundo.
Desde o fim de junho o centro da Rússia tem sofrido com uma onda de altas temperaturas e seca intensa. Atingindo recordes, os termômetros chegaram a marcar 40ºC durante vários dias
O calor inédito faz com que as pessoas busquem lagos, mares e rios para se refrescar, aumentando o risco de mortes por afogamento. O hábito nacional de beber vodca também contribui para os acidentes. Em 24 horas, pelo menos 71 pessoas morreram afogadas no país, de acordo com o ministério de Situações de Emergência.
 
Fonte: Diario do Nordeste

18 julho 2010

HELLS ANGELS - Motorcycle

Os mitos e lendas em torno da linhagem militar de Hells Angels Motorcycle Club, tem sido citado por décadas como sendo formado por membros do grupo de bombardeios B-17, os Hell´s Angels, que atuaram durante a segunda grande guerra mundial. Este mito existiu devido à relatórios incorretos, feitos por autores que insistiam em associar a linhagem militar de Hells Angels Motorcycle Club, com ex-combatentes retornando da guerra, aonde a excitação e aventura se tornara um estilo de vida.
Autores e correspondentes de jornais tem feito declarações não baseada em fatos. Tem sido colocado que estes ex-combatentes eram em sua maioria formada por alcoólatras, militares desajustados e geralmente falando, soldados que não se ajustaram ao retorno para um ambiente de paz.
Uma histórica revisão das explorações e execuções do grupo bombardeio, o 303o grupo bombardeio (pesado) teatro europeu de operações(ETO) mostra que esta unidade não tolerava desajustados, tripulação ou pilotos bêbados.
Um dos mais famosos B17 do 303o é o de número de série #41-24577, comandado pelo capitão Irl Baldwin, era chamado "Hell`s Angels". Esta aeronave não tinha noma até a sua quarta ou quinta missão. A tripulação decidiu adotar o nome "Hell`s Angels" depois do filme "Hell`s Angels" de 1927, sobre um esquadrão da I Guerra Mundial, um filme de Howard Hughes.
No dia 13 de maio de 1943, o bombardeio B17 do 303o grupo bombardeio, o "Hell`s Angels" se tornou o primeiro B17 da oitava força aérea à completar 25 missões de combate. Este fato foi erradamente creditado ao B17 "Memphis Belle", incluindo o filme "Menphis Belle" de 1943 e o de 1990. O "Menphis Belle" foi o primeiro á completar 25 missões de combate e retornar aos Estados Unidos. "Hell`s Angels" continuou em missões de combate até dezembro de 1943, quando ele completou 48 missões de combate, e foi enfim aposentado. O "Hell`s Angels" B17 número de série #41-24577 foi desmanchado por partes em 1947.
No dia 7 de janeiro de 1944, pelo voto do grupo e comandantes do esquadrão, "Hell`s Angels" se tornou o nome do 303o com "Might in Flyght", sendo conservado como grupo de motocicletas. Fatos que tem sido inegavelmente provados, mostra que o 303o grupo bombardeio B17 "Hell`s Angels", foi o resultado da mais alta dedicação e motivação. Eles não eram descontentes e não se apresentavam para missões em estados alcoólicos. A carreira de piloto e comandante do capitão Irl Baldwin, foi completada brilhantemente, sendo aposentado como tenente-coronel, sendo recompensado com várias condecorações e citações de mérito.
Para responder as perguntas da linhagem entre Hellls Angels Motorcycle Club e organizações militares, é que Arvid Olsen do esquadrão "Hell`s Angels" "Flying Tigers" deu a idéia do nome para os atuais fundadores de Hells Angels Motorcycle Club, em Fontana, na Califórnia. A escolha das cores vermelha e branca é o resultado da associação de Olsen com os fundadores de HAMC, nossa caveira registrada pode também ser traçada por dois desenhos da insígnia, o 85o esquadrão de combate e o 552o esquadrão bombardeio médio.
Frank Sadliek, ex-presidente do clube de São Francisco, desenhou a insígnia da "caveira alada" oficial.

Fonte: Hells Angels MC

ESTORIL - VILA MORENA / CE


"O número 397 da rua dos Tabajaras, / Praia de Iracema endereço do antológico reduto da boemia cearense, alcunhado de ´Estoril´ desde a década de 40, em homenagem a um famoso cassino lusitano, está novamente restaurado."
 Construída pelo pernambucano descendente de portugueses José Magalhães Porto e sua esposa, Francisca Frota Porto, apelidada "Morena", às vésperas dos anos 20, na Praia do Peixe, a Vila Morena (PRIMEIRA EDIFICAÇÃO DA ORLA DE FORTALEZA) serviu de residência durante muitos anos, conservando em redor lindo jardim onde também eram criadas algumas aves.
Veio a Segunda Guerra Mundial e com ela os estrangeiros que aqui aportaram, principalmente os soldados americanos que tinham base no Pará, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte alugaram a Vila Morena para ser o United States Office - USO, em 1943, quando a Praia do Peixe já era Praia de Iracema, nome dado pela cronista Adília de Albuquerque, esposa do jornalista Tancredo Moraes.
Após a Guerra dois portugueses alugaram a casa e colocaram um restaurante com especialidade em pratos portugueses. Em 1952 Zé Pequeno assumiu a direção da casa que passou a receber a boêmia de Fortaleza composta principalmente por intelectuais. Surgia assim o "Estoril".
As obras de restauro do Estoril, em nova tentativa de retomar a arquitetura original da construção dos anos 20, custaram mais de R$ 350 mil, bancadas em quase sua totalidade pelo Ministério do Turismo. Apenas R$ 32 mil saíram do tesouro municipal (fonte Coordenadoria de Projetos Especiais Relações Institucionais e Internacionais -Cooperii). O projeto, que faz parte das 22 intervenções previstas no Programa de Requalificação da Praia de Iracema, promete, para breve, muitas mudanças por ali.
Fonte: Diario do Nordeste e Fortaleza Nobre
Vamos Nós: Reduto dos boêmios na decada de 60 e 70, não quer dizer que os jovens de hoje não possam visita-lo e aprender um pouco mais sobre HISTÓRIA DO CEARÁ na prática. Visitem o Estoril e apreciem o que é belo!

17 julho 2010

Dia Internacional do ROCK


Em 13 de julho de 1985, Bob Geldof organizou o Live Aid, um show simultâneo em Londres na Inglaterra e na Filadélfia nos Estados Unidos. 
O objetivo principal era o fim da fome na Etiópia e contou com a presença de artistas como The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath.
Foi transmitido ao vivo pela BBC para diversos países e abriu os olhos do mundo para a miséria no continente africano. 
20 anos depois, em 2005, Bob Geldof organizou o Live 8 como uma nova edição, com estrutura maior e shows em mais países com o objetivo de pressionar os líderes do G8 para perdoar a dívida externa dos países mais pobres erradicar a miséria do mundo.
Desde então o dia 13 de julho passou a ser conhecido como Dia Mundial do Rock
Fonte: Yahoo Noticias

26 junho 2010

O que foi o Apartheid na África do Sul?

O termo, em africâner, língua dos descendentes de europeus, significa "separação", e foi atribuído ao regime político de segregação dos negros na África do Sul, que durou, oficialmente, 42 anos! 

Nelson Mandela deixou a prisão há 20 anos, no dia 11 de fevereiro de 1990. A liberdade do líder foi o mais forte sinal do fim do regime de segregação racial na África do Sul, o apartheid. 
Colonizada a partir de 1652 por holandeses e tendo recebido imigrantes de outras partes da Europa e da Ásia, a África do Sul tornou-se, em 1910, uma possessão britânica. Desde a chegada dos primeiros europeus, há mais de três séculos, a história do país africano, que está sendo sede da Copa do Mundo em 2010, foi marcada pela discriminação racial, imposta pela minoria branca. 
Como protesto a essa situação, representantes da maioria negra fundaram, em 1912, a organização Congresso Nacional Africano (CNA) à qual Nelson Mandela, nascido em 1918, se uniu décadas depois. No CNA, Mandela se destacou como líder da luta de resistência ao apartheid.
O pai de Mandela era um dos chefes da tribo Thembu, da etnia Xhosa e, por isso, desde cedo, o garoto foi educado e preparado para assumir a liderança de seu povo. "Ele recebeu o melhor da Educação de sua tribo e foi iniciado em todos os rituais. Mas também teve o melhor da Educação europeia, estudando em bons colégios”.
O apartheid oficializou-se em 1948 com a posse do primeiro-ministro Daniel François Malan, descendente dos colonizadores europeus - também chamados de africâners. “Embora a história oficial omita, sabemos que os ingleses foram os financiadores do apartheid, já que o Banco da Inglaterra custeava todos os atos do governo sul-africano”, afirma Veriano.
Com o novo governo, o apartheid foi colocado em prática, instituindo uma série de políticas de segregação:
  1. Os negros eram impedidos de participar da vida política do país;
  2. Não tinham acesso à propriedade da terra, eram obrigados a viver em zonas residenciais determinadas;
  3. O casamento inter-racial era proibido;
  4. Existia uma espécie de passaporte que controlava a circulação dos negros pelo país.
Embora tenha sido preso diversas vezes antes, Mandela já cumpria pena desde 1963 quando recebeu a sentença de prisão perpétua. Porém, com o passar dos anos, o mundo passou a se importar mais com a inadmissível situação da África do Sul, que começou a receber sanções econômicas como forma de pressão para acabar com o apartheid. 
Em 1990, com o regime já enfraquecido, Mandela foi solto, depois de 27 anos no cárcere. O governo, liderado por Frederik De Klerk, revogou as leis do apartheid. Três anos depois, Mandela e Klerk dividiram o Prêmio Nobel da Paz.
Em 1994, nas primeiras eleições em que os negros puderam votar, Mandela foi eleito presidente do país.
 
O filme INVICTUS, dirigido por Clint Eastwood, tem como foco a história de Mandela (interpretado por Morgan Freeman) logo que ele assume a presidência. A obra mostra como o líder governou não com a intenção de se vingar dos brancos, mas sim de realmente transformar o país em uma democracia para todos.
 
Fonte: Nova Escola

De olho na África!

É senso comum imaginar a África apenas como um conglomerado de países cobertos por vastas áreas abrigando animais selvagens, populações que sofrem com a miséria, economias falidas e governos corruptos. 
De fato, isso tudo ainda existe por lá, mas não pode representar o retrato de um continente tão grande e variado. Os dados mostram mudanças
  1. A população é cada vez mais urbana;
  2. O número de países democráticos aumentou;
  3. Existem diversas economias em crescimento.
O mundo todo está de olho. Não é à toa, portanto, que o continente esteja sediando pela primeira vez um evento tão esperado pelo público e que movimenta bilhões de dólares (Copa do Mundo de Futebol). 
 
Fonte: Nova Escola

19 junho 2010

Um pouco de José Saramago


...Diversos dirigentes e militantes do Partido Comunista português, ao qual Saramago foi fiel desde sua adesão em 1969, aproximaram-se para dar adeus ao seu camarada.
Entre as coroas de flores, posicionadas perto do catafalco, duas foram enviadas pelo líder cubado Raúl Castro e seu irmão Fidel.
O caixão de Saramago chegou a Lisboa procedente de Lanzarote no início da tarde, a bordo de um avião da Força Aérea portuguesa, acompanhado da viúva do escritor e de sua filha Violante, assim como da ministra da Cultura de Portugal, Gabriela Canavilhas.
Em torno de 30 conhecidos e personalidades reuniram-se no aeroporto militar de Lisboa para receber o escritor, cujo caixão estava coberto pela bandeira nacional, símbolo da reconciliação entre Portugal e o único Prêmio Nobel de Literatura de língua portuguesa.
Em 1993, cinco anos antes de receber o Nobel, Saramago, que descrevia a si mesmo como um "comunista libertário", tinha abandonado seu país para se instalar nas Ilhas Canárias (Espanha) depois do escândalo provocado no meio católico português com a publicação de seu "Evangelho", no qual Jesus perde a virgindade com Maria Madalena.
Denunciando um ataque ao "patrimônio religioso português", o governo de Lisboa decidiu suprimir o autor da lista de candidatos ao prêmio europeu de literatura, o que provocou sua raiva e seu exílio voluntário na Espanha.
O autor de "Memorial do Convento", "Ensaio sobre a Cegueira", "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", morreu em Tias "em consequência de uma falência múltipla dos órgãos" depois de uma longa doença, anunciou na sexta-feira sua Fundação.
Portugal, reconciliado desde então com seu filho rebelde, decretou dois dias de luto oficial.
Saramago, árduo defensor dos oprimidos e crítico do ex-presidente americano George W. Bush, defendeu a causa saharaui e sobretudo a palestina, e chegou a comparar Ramallah com Auschwitz durante uma visita em 2002 à Cisrjordânia.
Nascido em 16 de novembro de 1922 em Azinhaga (centro de Portugal), Saramago publicou em sessenta anos cerca de trinta obras, novelas, poesias, ensaios ou peças de teatro.
Apesar de estar debilitado por conta de sua doença, José Saramago trabalhava em uma nova "novela de ideias, sobre a brutalidade da guerra", da qual tinha escrito "em torno de vinte páginas", segundo seu editor português Zeferino Coelho.

FONTE: Yahoo Noticias.
Vamos Nós: A pessoa de Saramago nos deixa, porem suas obras estarão entre nós para que possamos ETERNIZA-LO. Vai com Deus MESTRE!

16 junho 2010

BCM - Periodo Joanino no Brasil

A chegada da família real portuguesa no Brasil marcou intensamente os destinos do Brasil e da Europa. Pela primeira vez na história, um rei europeu transferia a capital de seu governo para o continente americano. 
Escoltados por embarcações britânicas, cerca de 10 mil pessoas fizeram a viagem que atravessou o oceano Atlântico. Sofrendo diversos inconvenientes durante a viagem, os súditos da Coroa Portuguesa enfrentaram uma forte tempestade que separou o comboio de embarcações. Parte dos viajantes aportou primeiramente na Bahia e o restante na cidade do Rio de Janeiro.
Responsabilizados por escoltar a Família Real e defender as terras portuguesas da invasão napoleônica, os ingleses esperavam vantagens econômicas em troca do apoio oferecido. 
Já na Bahia, D. João, orientado pelo economista Luz José da Silva Lisboa, instituiu na Carta Régia de 1808 a abertura dos portos a “todas as nações amigas”. A medida encerrava o antigo pacto colonial que conduziu a dinâmica econômica do país até aquele momento.
Além de liberar o comércio, essas medidas trouxeram outras importantes conseqüências de ordem econômica. O contrabando sofreu uma significativa diminuição e os recursos arrecadados pela Coroa também aumentaram. Ao mesmo tempo, os produtos ingleses tomaram conta do país, impedindo o desenvolvimento de manufaturas no Brasil, as cidades portuárias tiveram notório desenvolvimento. Dois anos mais tarde, o decreto de 1808 transformou-se em um tratado permanente.
No ano de 1810, os Tratados de Aliança e Amizade e de Comércio e Navegação, fixaram os interesses britânicos no mercado brasileiro. Foram estabelecidas taxas alfandegárias preferenciais aos produtos ingleses. Os produtos ingleses pagavam taxas de 15%, os portugueses de 16% e as demais nações estrangeiras pagariam uma alíquota de 24%. Além desses valores, o tratado firmava um compromisso em que o tráfico negreiro seria posteriormente extinguido.
Além de trazer transformações no jogo econômico, o governo de Dom João VI empreendeu outras mudanças. Adotada como capital do império, a cidade do Rio de Janeiro sofreu diversas modificações. Missões estrangeiras vieram ao país avaliar as riquezas da região, a Biblioteca Real foi construída, o primeiro jornal do país foi criado. Além disso, novos prédios públicos foram estabelecidos. A Casa da Moeda, Banco do Brasil, a Academia Real Militar e o Jardim Botânico foram algumas das obras públicas do período joanino.
Nas questões externas, Dom João VI empreendeu duas campanhas militares nas fronteiras do país. No ano de 1809, tropas britânicas e portuguesas conquistaram a cidade de Caiena, capital da Guina Francesa. A manobra, que tinha por objetivo agredir o governo francês, colocou a região sob o domínio do Brasil até quando o Congresso de Viena restituiu a região à França. No ano de 1817, as tropas imperiais invadiram a Província Cisplatina.
Essa nova investida militar era importante por razões diversas. Além de ser uma região de rico potencial econômico, o domínio sob a região da Cisplatina impedia uma possível invasão napoleônica às colônias da Espanha, que havia sido dominada pelas tropas francesas. Dez anos depois, um movimento de independência pôs fim à anexação da Cisplatina, dando origem ao Uruguai.
Em 1815, a administração joanina elevou o Brasil à condição de Reino Unido. Essa nova nomeação extinguiu politicamente a condição colonial do país. Inconformados, os lusitanos que permaneceram em Portugal se mostravam insatisfeitos com o fato do Brasil tornar-se a sede administrativa do governo português. Foi quando, em 1820, um movimento revolucionário lutou pelo fim da condição política secundária de Portugal. A chamada Revolução do Porto criou um governo provisório e exigiu o retorno de Dom João VI a Portugal.
Temendo a perda do seu poder, Dom João VI foi pra Portugal e deixou o seu filho, Dom Pedro I, como príncipe regente do Brasil. Os revolucionários, mesmo inspirados por princípios liberais, exigiram a volta do pacto colonial. No Brasil, as repercussões desses acontecimentos impulsionaram a formação de um movimento que possibilitou a independência do Brasil.
 
Fonte: Brasil Escola

06 junho 2010

Dicas de Resolução para Prova de História


Seja a prova de história analítico-expositiva ou de múltipla escolha, o candidato deve estar atento a três pontos:


01 - Objetividade:

* Não basta ler o enunciado. É importante interpretá-lo e descobrir qual é a intenção do examinador.
* Se a prova for analítico-expositiva, elabore sua resposta de forma objetiva: responda à pergunta.
* Se a prova for de múltipla escolha, cuidado com alternativas sofismáticas. Elas induzem o candidato ao erro, são as pegadinhas. Às vezes, até sufixos e prefixos invalidam uma alternativa.

02 - Relação entre os fatos:
* História do brasil e história geral estão separadas na grade curricular por razões pedagógicas.
* História é processual, e o candidato deve ter visão de conjunto. Exemplo: Para uma melhor análise do golpe de 1964 no Brasil, é preciso relacioná-lo ao contexto da Guerra Fria.

03 - Interpretação:

* Em história muitas interpretações são conflitantes, por causa dos pressupostos teórico-metodológicos.
* O candidato, provavelmente, não vai se deparar com discussões acadêmicas, mas terá que redobrar sua atenção quando uma questão ou teste envolver a análise de um texto (documento de época, fragmento de obra, artigo de jornal etc.)

Bons Estudos!!!!!!!!!!!

05 junho 2010

Passeio Ciclistico BCM


ATENÇÃO

Em 12/06/2010 a partir das 08:00h os alunos do BCM (Branca Carneiro de Mendonça) e o Lions Club de Caucaia, estarão promovendo VII Passeio Ciclistico de Caucaia
Ao final do percurso serão sorteadas duas bicicletas aos participantes que tenham suas bicicletas customizadas nas cores verde e amarelo.
O passeio não é apenas em prol de uma boa campanha do Brasil na copa do mundo, mas também  uma solicitação de não poluição ao meio ambiente. Sejam solidários com a mãe natureza!
Vamos lá queridos alunos, participem.

VAMOS PEDALAR MUITO, TORCER MUITO PELO BRASIL, POLUIR MENOS E CONCORRER AS BICICLETAS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

09 maio 2010

1º Ano Médio - Volume 2 - Luzardo Viana: Crise do Sistma Feudal


No século XIV, na Europa Ocidental, a população vivia dentro de determinadas características, que vinham sendo construídas desde o século III, e às quais denominamos Feudalismo. As relações de produção se baseavam no trabalho servil prestado fundamentalmente nas terras dos "senhores feudais": os nobres e os elementos da alta hierarquia da Igreja Catolica.
O crescimento da população, verificado entre os séculos XI e XlV foi extraordinário. Os nobres aumentaram em número e tomaram-se mais exigentes com relação aos seus hábitos de consumo: isso determinava a necessidade de aumentar suas rendas e para consegui-lo, aumentou-se grandemente o grau de exploração da massa camponesa. Esta superexploração produziu protestos dos servos, consubstanciados em numerosas revoltas e fugas para as cidades. A repressão a esses movimentos foi enorme, mas a nobreza e o alto clero tiveram razões para temer por sua sobrevivência.
Paralelamente, importantes alterações do quadro natural provocaram sérias conseqüências. Durante o século XIII ocorrera uma expansão das áreas agrícolas, devido ao aproveitamento das áreas de pastagens e à derrubada de florestas. O desmatamento provocou alterações climáticas e chuvas torrenciais e contínuas, enquanto o aproveitamento da área de pastagens levou a uma diminuição do adubo animal, o que se refletirá na baixa. produtividade agrícola. Com as péssimas colheitas que se verificaram, ocorreu uma alta de preços dos produtos agrícolas. Os europeus passaram a conviver com a fome. Os índices de mortalidade aumentaram sensivelmente e, no século XIV, uma população debilitada pela fome teve que enfrentar uma epidemia de extrema gravidade: a Peste Negra, que chegou a dizimar cerca de 1/3 dos habitantes da Europa.
Dificuldades econômicas de toda ordem assolavam a Europa, que passou a conviver com um outro problema: o esgotamento das fontes de minérios preciosos, necessários para a cunhagem de moedas, levando os reis a constantes desvalorizações da moeda. Isso só fazia agravar a crise.
No plano social, ao lado dos problemas já levantados, importa verificar o crescimento de um novo grupo: a burguesia comercial, residente em cidades que tendiam para uma expansão cada vez maior, pois passaram a atrair os camponeses e os elementos "marginais" da sociedade feudal.
Politicamente, a crise se traduz pelo fortalecimento da autoridade real, considerado necessário pela nobreza, temerosa do alcance das revoltas camponesas. A unificação política, ou surgimento dos Estados Nacionais, aparece, desta forma, como uma solução política para a nobreza manter sua dominação.
Finalmente, a crise se manifesta também no plano espiritual-religioso. Tantas desgraças afetaram profundamente as mentes dos homens europeus, traduzindo-se em novas necessidades espirituais (uma nova concepção do homem e do mundo) e religiosas (a Igreja Cat6lica não conseguia atingir tão facilmente os fiéis, necessitados de uma teologia mais dinâmica).

9º Ano - Volume 2 - Luzardo Viana: Guerras do sec. XX



A Primeira Guerra Mundial decorreu, antes de tudo, das tensões advindas das disputas por áreas coloniais. Dos vários fatores que desencadearam o conflito destacaram-se o revanchismo francês, a Questão Alsácia-Lorena e a Questão Balcânica. A Alemanha, após a unificação política, passou a reivindicar áreas coloniais e a contestar a hegemonia internacional inglesa, favorecendo a formação de blocos antagônicos. Constituíram-se, assim, a Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria-Hungria e Itália) e a Tríplice Entente (Inglaterra, Rússia e França).Os blocos rivalizavam-se política e militarmente, até que em 1914, surgiu o motivo da eclosão da Guerra: o assassinato do herdeiro do trono Áustro-Húngaro (Francisco Ferdinando), em Sarajevo (Bósnia). À declaração de guerra da Áustria à Sérvia seguiram-se outras, formando-se as Tríplices Aliança e Entente.O conflito iniciou-se como uma guerra de movimento para depois transformar-se em uma guerra de trincheiras. Em 1917, os EUA entraram na guerra ao lado da Tríplice Entente, no mesmo ano em que a Rússia, por causa da Revolução Bolchevique, retirava-se. Os reforços dos EUA foram suficientes para acelerar o esgotamento do bloco Alemão, sendo que em 1918, a Alemanha assinou sua rendição. No ano seguinte foi assinado o Tratado de Versalhes, que estabeleceu sanções aos alemães e a criação de um organismo que deveria zelar pela paz mundial. Esse tratado, conforme os 14 pontos propostos pelo presidente Wilson (EUA), determinou punições humilhantes aos alemães, semeando o revanchismo que desencadearia, depois, a Segunda Guerra Mundial. A Primeira Guerra, provocou uma alteração profunda na ordem mundial: os EUA surgiram como principal potência econômica mundial, houve o surgimento de novas nações, devido ao desmembramento do Império Áustro-Húngaro e Turco e surgiu um regime de inspiração marxista na Rússia.
 
 
 Segunda Guerra Mundial
Cada um desses fatos está ligado, de uma forma ou de outra, aos fatos que aconteceram antes, que também estão ligados aos fatos de antes. Então, é claro que para entender a Segunda Guerra é preciso saber que um dos fatos que provocou a Segunda Guerra, foi o rancor e o ódio que ainda guardavam da Primeira Guerra. A Segunda Guerra Mundial deu encerramento a uma fase para dar início à fase em que nos estamos vivendo nesse momento. Ou seja, foi um fato que marcou uma época. Mais do que marcar uma época, a Segunda Guerra deu início a uma época. A história do mundo todo, tanto social quanto política foi completamente mudada e afetada pela Segunda Guerra Mundial. A organização do mundo e as relações internacionais foram também muito modificadas pela situação que estava se estabelecendo na Segunda Guerra Mundial. A Segunda Guerra Mundial foi com certeza o conflito mais sangrento e também o maior conflito armado que o mundo jamais presenciou.

As Principais Causas

Após o final da Primeira Guerra Mundial, os países que venceram começaram a abusar da vitória então dita, e com isso começaram também a impor duras condições aos países perdedores. O país mais prejudicado nisso foi a Alemanha, que sofreu perdas de territórios, teve que pagar multas e muitas outras coisas. Além disso, a fome e o desemprego começaram a assolar o país. Então, Hitler começou a apelar para o Estado nazista, porque queria adquirir forças. Certos países como Alemanha, Japão e Itália, que eram comandados por regimes totalitários, adotaram uma política de expansão territorial que era bastante violenta.

8º Ano - Volume 2 - Luzardo Viana: Os Conflitos na Europa e Revolução Industrial

O período da Restauração na Europa foi interrompido por sucessivos movimentos revolucionários que expressaram o descontentamento de setores populares diante das tentativas de restauraçãodo Antigo Regime.
Após o Congresso de Viena, a Europa assistiu à batalha definitiva entre o liberalismo e o absolutismo. A febre revolucionária multiplicou as revoltas e as guerras civis, que culminaram nas revoluções de 1830 e 1848. Esse surto revolucionário deu o golpe de misericórdia no absolutismo. O avanço da industrialização foi responsável pela formação do proletariado urbano. Os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de vida e melhores salários. 
Em 1848, lançaram seu primeiro grito de guerra: “Trabalhadores de todo o mundo, uni-vos!”
A reação conservadora resultante do Congresso de Viena e da Santa Aliança, assinada entre Áustria e Rússia com o apoio da Inglaterra, não consegue impedir que os ideais revolucionários continuem a se expandir. Por volta de 1830 ressurge na Europa o processo de revoluções liberais que começa com a Independência dos Estados Unidos em 1776 e tem seu auge na Revolução Francesa em 1789. Além dos princípios liberais as revoluções de 1848 incorporam as lutas do proletariado.
Era do liberalismo – As revoluções eclodem em vários países da Europa tendo como características comuns o nacionalismo, o liberalismo e elementos do socialismo. O nacionalismo faz com que os povos de mesma origem e cultura procurem se unir; o liberalismo se opõe aos princípios da monarquia; e o socialismo direciona para reformas sociais e econômicas profundas contra a desigualdade. Os conservadores tentam consolidar a restauração monárquica, enquanto os liberais querem a expansão econômica, social e política capitalista.
“Primavera dos povos” – É como fica conhecido o período dos movimentos revolucionários de independência nacional ocorridos na Europa entre 1848 e 1849, embora nem todos tenham se consolidado. Em várias partes da Europa eclodem revoltas em busca da independência e da identidade nacional.

7º Ano - Luzardo Viana - Volume 2 : O Expansionismo Religioso

O cruzadismo, a "Guerra da Reconquista" e o avanço germânico em direção ao leste europeu fizeram o homem europeu, até então confinado aos seus feudos, ampliar seus espaços e horizontes, físicos e também culturais. Como conseqüência, surgiria o "comércio à longa distância", fator responsável pelo colapso da estrutura feudal. De fato, ao longo do período compreendido entre os séculos VI e XII, a Europa só conhecera o comércio à curta distância, no qual não existe a relação entre abundância e escassez. 
Noutros termos: duas regiões próximas entre si apresentam os mesmos característicos climáticos, geológicos, topográficos e tecnológicos. Dessa maneira, o produto que é abundante numa determinada região, também o é numa área próxima. Isso faz com que as trocas não valham a pena, em termos pecuniários. Exemplifiquemos: se uma região "A" produz laranjas, nas cercanias, também existirão laranjais. Assim, toda e qualquer troca será entre gêneros semelhantes. A partir do momento em que, o homem europeu entrou em contato com o Oriente e com áreas distantes de sua terra natal, surgiu o comerciante: o indivíduo que percebeu que um produto abundante, e portanto barato, numa determinada zona, se transportado para uma área distante, onde esse gênero fosse raro e, por conseguinte, caro, essa locomoção traria lucro. Nesse momento, tinha origem o capital comercial.
 
A "GUERRA DA RECONQUISTA" 
São nobres hispânicos, com apoio da Igreja e da nobreza franceses, que deram início a uma guerra para expulsar os muçulmanos da Península Ibérica, por eles dominada, em sua quase totalidade, desde o século VIII. O real significado da "Reconquista" foi ampliar o continente europeu na sua extremidade ocidental.
Acompanhe no mapa abaixo esta expansão chamada RECONQUISTA:

02 maio 2010

Caucaia no "Tunel do Tempo"

Esta imagem pode até parecer ser do séc. XVIII ou XIX, mas na realidade foi registrada no séc XXI . Para ser mais preciso, ano passado (2009). Foi fotografada por alunos do BCM na Fazenda Soledade, de propriedade dos Arruda em Caucaia.
Possui moveis coloniais, louças em porcelana e peças em cobre e bronze em muitas partes do casarão. Percebe-se que a questão do casarão não é o mostrar poder economico mas sim a conservação da história de Caucaia e do Ceará.
Parabéns aos "Arruda" por tamanha dedicação e valorização de nossa Historia.

25 abril 2010

Os Tupi-Guarani



Segundo a teoria mais aceita pelos estudiosos, os povos indígenas da América são procedentes de migrações de povos asiáticos, que alcançaram a América através do Alasca. De lá, eles provavelmente desceram ao longo do continente americano, até atingir o extremo sul da América do Sul.
Um destes povos diferenciou-se dos demais e desenvolveu uma língua do tronco linguístico macrotupi, no sul da Amazônia. De lá, ele se expandiu no início da era cristã em duas direções. Para o leste, atravessando o interior do Brasil e alcançando o litoral, desalojando as tribos locais que pertenciam linguisticamente ao tronco macrojê. E para o sul, alcançando os pampas argentinos. O grupo que migrou para o leste ficou conhecido como "tupi" e o grupo que migrou para o sul, como "guarani".
Os tupi-guarani começavam a desenvolver a agricultura, principalmente de mandioca, que era um dos alimentos básicos de sua dieta. A agricultura era praticada pelo sistema de queimada, que limpava e adubava com as cinzas o terreno para o plantio. A caça, a pesca e a coleta de frutas e raízes completavam sua dieta.
Em suas migrações através da América do Sul, os tupi-guarani eram orientados por líderes religiosos, os pajés, que lhes prometiam um paraíso ao final da jornada: a chamada "terra sem males".
No século XVI, com a chegada dos colonizadores europeus, alguns povos tupi-guarani, como os temiminós e os tabajaras, se aliaram aos portugueses, enquanto outros, como os potiguares e tamoios, se aliaram aos franceses. Porém o resultado era sempre o mesmo: destruição das aldeias indígenas, escravização, doenças trazidas pelos europeus, fuga das populações indígenas para o interior do continente e para os aldeamentos criados pelos padres jesuítas , as chamadas "reduções" ou "missões". Uma importante rebelião tupi-guarani contra os portugueses foi a chamada Confederação dos Tamoios, que reuniu várias tribos abrangendo uma região que ia desde Cabo Frio até Cananeia, em meados do século XVI. O fim desta rebelião foi conseguido diplomaticamente, com a importante atuação dos jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta. Do lado dos tamoios, estavam famosos líderes como Cunhambebe e Aimberê.
A predominância de escravos índios e seus descendentes na população do litoral brasileiro fez com que a língua franca nessa região fosse o tupi-guarani, que, remodelado gramaticalmente, uniformizado e simplificado pelos padres jesuítas, passou a ser chamado de nheengatu ("língua boa", em tupi-guarani), língua geral amazônica, língua brasílica ou língua geral paulista.
As missões jesuíticas no interior do continente prosperaram, colhendo erva-mate e criando gado, os quais abasteciam as colônias espanholas na bacia platina. Nas missões, os índios eram catequizados pelos jesuítas em tupi-guarani e produziam refinadas obras de arte sacra (música, escultura, arquitetura e teatro). Os jesuítas combateram o costume indígena da poligamia e forçaram os índios à prática da monogamia. No entanto, a grande concentração de índios nas missões despertou a cobiça dos bandeirantes paulistas, os quais faziam incursões frequentes em busca de mão-de-obra escrava. Como resultado, as missões se deslocaram cada vez mais para o interior do continente, procurando fugir da ação dos bandeirantes.
 Em 1750, com a assinatura do Tratado de Madri, a Espanha cedeu a região a leste do Rio Uruguai para Portugal e ordenou que as sete missões estabelecidas nessa região deveriam se transferir para a margem oeste. Os missioneiros não concordaram em abandonar suas terras, desencadeando as Guerras Guaraníticas, nas quais os missioneiros foram derrotados por exércitos portugueses e espanhóis. Na guerra, morreu o famoso líder guarani Sepé Tiaraju.
No litoral brasileiro, o aumento da imigração portuguesa por conta da descoberta de ouro no Brasil no final do século XVII, a expulsão dos jesuítas e a proibição do uso do idioma tupi-guarani no Brasil pelo Marquês de Pombal em 1759 determinaram a progressiva redução da influência do tupi-guarani. No entanto, sua influência permaneceu sob a forma de um expressivo vocabulário de topônimos (Piratininga, Itaipu, Ubatuba etc.) e nomes de animais e vegetais (jacaré, jaboti, jaboticaba etc.)
Os jesuítas foram igualmente expulsos da América Espanhola em 1768, causando a decadência das missões jesuíticas que se haviam transferido para a margem direita do Rio Uruguai. Mas, no Paraguai, a língua guarani continuou a ser falada pela população, juntamente com o castelhano. Mesmo após um período de proibição da língua durante a ditadura do General Alfredo Stroessner, em meados do século XX. Em 1991, o guarani adquiriu o status de língua oficial do país.
A partir do final do século XIX, começou a ocorrer a migração de tribos guaranis do sul da América do Sul para o litoral brasileiro, num processo que continua até hoje

Fonte: WikiLivros

22 abril 2010

Bode Ioiô


Bode Ioiô foi um famoso bode que viveu na cidade de Fortaleza do início do século XX, mormente na década de 1920. Figura folclórica da cultura popularcearense , Ioiô costumava perambular pelas ruas centrais da cidade, na companhia de boêmios e escritores que freqüentavam os bares e cafés ao redor da Praça do Ferreira, antigo centro cultural da capital, e que lhe davam cachaça para beber. Segundo conta a história popular, recebeu o nome de "Ioiô" por percorrer sempre o mesmo trajeto, definido entre a Praça do Ferreira e a Praia de Iracema.
Trazido a Fortaleza em 1915 por retirantes sertanejos, foi adquirido e mantido por José de Magalhães Porto, representante do industrial Delmiro Gouveia, correspondente no nordeste da empresa britânica Rossbach Brazil Company, localizada na Praia de Iracema, da qual tornou-se uma espécie de mascote. Ioiô virou tema de documentários, histórias de cordel e livros infantis. É citado em obras de memorialistas cearenses como o poeta Otacílio de Azevedo e o historiador Raimundo Girão.
Ioiô foi imortalizado ao ser empalhado e doado ao acervo do Museu do Ceará, logo após sua morte, em 1931. Em 1996, teve o seu rabo roubado.
 
Vamos Nós: Atendendo a pedidos segue um pouco da História do famoso BODE IOIÔ.

18 abril 2010

Indios Anacés

A possibilidade da instalação de uma refinaria no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) gerou descontentamento entre o povo indígena Anacé. A etnia, mesmo sem a confirmação do empreendimento por parte do Governo do Estado ou da Petrobras, já se mobiliza para preservar um de seus patrimônios. Um cemitério secular, fundado pelos índios, estaria em um dos dois terrenos oferecidos pelo Estado para estudos. Os anacés habitam áreas de Caucaia e de São Gonçalo do Amarante- cidades que podem abrigar a refinaria - e prometem até "guerra" para proteger o local.
O cemitério, chamado de Cambeba, é situado em Caucaia, no distrito de Matões, distante cerca de 10 quilômetros do Pecém. O local é de difícil acesso e isolado. É administrado hoje pela Prefeitura. De acordo com a etnia, documentos de 1651 e 1712 comprovam a presença dos anacés na região. O cemitério também teria surgido nesse período. Segundo Francisco Ferreira, 28, o Júnior Anacé, que conta a história de seu povo, o cacique Cambeba morreu sob a sombra de uma pitombeira e lá foi enterrado. Assim surgiu o cemitério. A árvore, ele destaca, ainda está lá.
Os anacés não toleram a possibilidade de acabar com o Cambeba. "Lá estão nossos ancestrais, nossa história", reclama João Freitas, 38, o Joãozinho Coração de Índio. A avó, Têda Anacé, foi enterrada em 1970, no Cambeba, aos 104 anos. Mas ele não lembra, ao certo, onde está o túmulo. A identificação de jazigos é precária. Parte tem somente uma cruz, sem inscrições ou registros. "São os (índios anacés) mais antigos. Eram analfabetos", completa Júnior.
Conforme Júnior, especulações sobre a refinaria já circulam "há muito tempo" entre os anacés. Há oito anos, ele lembra, a etnia fechou a rodovia CE-085 em forma de protesto contra a execução de projetos na região. Júnior diz que "vai haver uma guerra" caso haja a confirmação da refinaria na área do Cambeba. O indígena adianta que deve articular, junto à Fundação Nacional do Índio (Funai), a demarcação das terras em prol do povo anacé.

Confirmação:
 
O Instituto do Desenvolvimento Agrário do Ceará (Idace) atesta que o Cambeba está na área do CIPP que, por decreto, é de utilidade pública. A informação, porém, não confirma que o cemitério esteja num dos terrenos oferecidos para estudos. "São 33 mil hectares. Algo (complexo) dessa natureza sempre envolve áreas muito grandes", explica o diretor-técnico do Idace, Ricardo Durval.
A Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), por sua vez, confirma que duas áreas - em Caucaia e São Gonçalo do Amarante - foram definidas para estudos. A agência, porém, não revela se o Cambeba está ou não no terreno de Caucaia. Até o fechamento desta edição, O POVO não recebeu resposta. A Prefeitura de Caucaia informa que não se pronuncia sobre o assunto.
De acordo com a secretária-geral da Missão Tremembé, Maria Amélia, o preconceito motivava resistências contra o sepultamento de indígenas. Segundo ela, a situação começou a ser solucionada depois que dom Aloísio Lorscheider passou a trabalhar com as etnias.
O pedido para levantar o número de indígenas em Caucaia partiu de dom Aloísio para o sociólogo José Cordeiro, que depois coordenou a Pastoral Indigenista. Ele faz questão de lembrar que guarda uma foto do ex-arcebispo celebrando uma missa junto aos índios.
As fotos tiradas da missa pelo fotógrafo Marcos Guilherme, ele ressalta, estão no museu dos tapebas.

Anacés vão pedir apoio ao MPF e ao Iphan: 

De acordo com líderes anacés, a etnia tem, cadastradas, 385 famílias, em torno de 1.265 pessoas. O povo articula medidas para tentar impedir ações contra o Cambeba. O Ministério Público Federal (MPF) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) devem ser acionados. Além disso, eles buscam apoio de outros povos indígenas. A Prefeitura de Caucaia reconhece que o cemitério, hoje com um número reduzido de sepultamentos, foi fundado pelos índios. "Nós não vamos abrir mão desse cemitério por nada desse mundo", exclama Júnior Anacé. Segundo ele, a etnia não é contrária à refinaria, desde que o Cambeba seja preservado. Neste fim de semana, os anacés se reunião na escola Direito de Aprender do Povo Anacé para dar continuidade ao trabalho de resgate histórico e, ainda, discutir a situação do Cambeba. Um documento, adianta Júnior, será elaborado e levado ao MPF. O Iphan também será acionado paralelamente. E os índios tapebas, também de Caucaia, serão convidados a aderir à causa.

É difícil identificar boa parte de covas e jazigos. Um menino, aos 10 anos, morreu em 1927 e "deixou saudade de seus paes (sic)". Em 1935, uma mulher de 35 partiu e "deixou saudade de esposo e filhos". Estes são os jazigos mais antigos cuja identificação de nomes e datas ainda é possível. Já um homem morreu em 1936, deixando "saudades de sua esposa e família", mas a lápide desgastada impede a visualização de seu nome. Há ainda um homem cujos dados estão num galão de querosene.

Fonte: O POVO - CE