20 novembro 2010

O Crescimento Economico Asiatico


Qualquer um que olhe para a Ásia briguenta, vigorosa e talentosa de hoje deve se perguntar por que os gigantes dormem por tanto tempo, e por que os colonizadores ignoraram tanto a capacidade de seus povos subservientes.

Durante o século 15, a Era da Descoberta, a exploração foi motivada pelo desejo por riquezas na forma de especiarias, ouro e prata. Uma vez que a Revolução Industrial se iniciou na Inglaterra do final do século 18, o desejo passou a ser também por matérias-primas para alimentar as fábricas na Europa. Os novos ricos em Londres e no sul, com suas luxuosas casas de campo, queriam chá e café, ervas e especiarias, bens tropicais e sabores estranhos do Oriente.
O lema colonial, mais subentendido do que declarado, era simples: eles – os asiáticos – plantam e colhem. Nós fabricamos.
Embora os britânicos gostem de exportar seus valores, seu sistema de justiça e, de uma forma mais suave, o anglicismo (países católicos foram mais agressivos ao exportar a religião), eles mantiveram a revolução industrial em casa, e toda a indústria secundária se espalhou. Foi um dia de luto em Londres quando souberam que a espionagem industrial havia conseguido levar a tecnologia de produção de tecidos para os Estados Unidos.
Até hoje, os remanescentes do sistema que determinava que “o acréscimo de valor aconteceria na Inglaterra” podem ser vistos nos produtos especiais britânicos. As grandes casas de empacotamento de chá ainda ficam na Inglaterra e Irlanda, e alguns tipos de algodão ainda são tecidos na Inglaterra.
Mas nenhuma fábrica se espalhou para os impérios asiáticos das colônias europeias. Nenhuma transferência de tecnologia foi incentivada, e o enorme e latente talento da Ásia não foi reconhecido.
O Japão, sem influência colonial, industrializou-se na primeira parte do século 20, mas principalmente para mecanizar seu exército.
Foi só depois da 2ª Guerra Mundial que a Ásia se sacudiu e se livrou da coação europeia. Ironicamente, junto com o Japão, as colônias britânicas de Hong Kong e Cingapura mostraram o caminho.
Se a China demorou para se industrializar, ela compensou mais tarde, transformando o equilíbrio no mundo e abraçando a verdade central da Revolução Industrial: é preciso energia para fabricar e transportar bens.
A China convocou fornecedores de óleo e gás de países em desenvolvimento numa velocidade estonteante. Por outro lado, os Estados Unidos olham para a energia – o elemento indispensável para a produção industrial – através de uma lente ambiental, pós-industrial.
De acordo com a Associação Nuclear Mundial, a China tem projetos para 39 reatores e mais 23 sedo construídos. Há mais 120 na fila. Os Estados Unidos têm nove na fila e está construindo dois.
Os Estados Unidos não podem mais fabricar componentes grandes para reatores nucleares. Isso pode ser feito apenas no Japão; mas a China e a Coreia do Sul estão construindo novas fábricas para fazer o trabalho.
Nós dominamos o mundo em duas áreas muito disparatadas: tecnologia de defesa e entretenimento. Em quase todo resto, estamos escorregando.
Será um dia chocante para os norte-americanos quando pessoas de outro país chegarem à Lua, onde os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin pisaram em 1969. Mas isso acontecerá.
Fonte: PLANO BRASIL