19 junho 2010

Um pouco de José Saramago


...Diversos dirigentes e militantes do Partido Comunista português, ao qual Saramago foi fiel desde sua adesão em 1969, aproximaram-se para dar adeus ao seu camarada.
Entre as coroas de flores, posicionadas perto do catafalco, duas foram enviadas pelo líder cubado Raúl Castro e seu irmão Fidel.
O caixão de Saramago chegou a Lisboa procedente de Lanzarote no início da tarde, a bordo de um avião da Força Aérea portuguesa, acompanhado da viúva do escritor e de sua filha Violante, assim como da ministra da Cultura de Portugal, Gabriela Canavilhas.
Em torno de 30 conhecidos e personalidades reuniram-se no aeroporto militar de Lisboa para receber o escritor, cujo caixão estava coberto pela bandeira nacional, símbolo da reconciliação entre Portugal e o único Prêmio Nobel de Literatura de língua portuguesa.
Em 1993, cinco anos antes de receber o Nobel, Saramago, que descrevia a si mesmo como um "comunista libertário", tinha abandonado seu país para se instalar nas Ilhas Canárias (Espanha) depois do escândalo provocado no meio católico português com a publicação de seu "Evangelho", no qual Jesus perde a virgindade com Maria Madalena.
Denunciando um ataque ao "patrimônio religioso português", o governo de Lisboa decidiu suprimir o autor da lista de candidatos ao prêmio europeu de literatura, o que provocou sua raiva e seu exílio voluntário na Espanha.
O autor de "Memorial do Convento", "Ensaio sobre a Cegueira", "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", morreu em Tias "em consequência de uma falência múltipla dos órgãos" depois de uma longa doença, anunciou na sexta-feira sua Fundação.
Portugal, reconciliado desde então com seu filho rebelde, decretou dois dias de luto oficial.
Saramago, árduo defensor dos oprimidos e crítico do ex-presidente americano George W. Bush, defendeu a causa saharaui e sobretudo a palestina, e chegou a comparar Ramallah com Auschwitz durante uma visita em 2002 à Cisrjordânia.
Nascido em 16 de novembro de 1922 em Azinhaga (centro de Portugal), Saramago publicou em sessenta anos cerca de trinta obras, novelas, poesias, ensaios ou peças de teatro.
Apesar de estar debilitado por conta de sua doença, José Saramago trabalhava em uma nova "novela de ideias, sobre a brutalidade da guerra", da qual tinha escrito "em torno de vinte páginas", segundo seu editor português Zeferino Coelho.

FONTE: Yahoo Noticias.
Vamos Nós: A pessoa de Saramago nos deixa, porem suas obras estarão entre nós para que possamos ETERNIZA-LO. Vai com Deus MESTRE!

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