03 fevereiro 2010

Falta de Professores

Professores faltosos. NÃO


A verdade faltosa.
A quem interessa este obscurantismo da imagem do professor?
A quem interessa a omissão da verdade que não foi dita?

Lendo o texto de Ricardo Moura "1.036 aulas deixam de ser realizadas todo dia" sob o estigma "Professores faltosos" referindo-se a uma pesquisa feita pela SEDUC entre os dias 23 e 27 de novembro de 2009, período em que a Sefor realizou uma pesquisa com 149 escolas da rede estadual sediadas em Fortaleza.
Uma pesquisa quando ela é descontextualizada pode levar a relatórios tendenciosos (conclusões) enganosas ou até mesmo perversas. Quando, por exemplo, ao realizar uma pesquisa numa família de dois irmãos descubro que João, um dos irmãos, ganha R$ 5 000,00 por mês e que Pedro, o outro irmão, está desempregado. Ao fazer o relatório informo que não temos que nos preocupar com esta família pois os irmãos, em média recebem R$ 2 500,00 por mês quando na realidade a situação é deveras preocupante pois um dos irmãos não tem renda alguma. Ao optar pela informação da média ao invés de ressaltar a situação de Pedro não é inocente. a escolha feita se presta a uma intenção. Esta escolha ela é política. Político-partidária ou política das lutas de classe, operário x burguesia.
O referido testo bem como outros dois que no sítio do jornal o povo se apresenta num tom colocando o professor (operário) como o grande vilão, o alunado (a massa) como a grande vítima e a SEFOR/SEDUC (elite burguesa) é colocada como, numa política de governo do Cid Gomes, como anjo tentando salvar a educação mas que tem o entrave da negligência do professor.
É importante lembrar que muitos professores neste período estava envolvido com o curso em busca de se libertar da condição (saga) de professor temporário.
Lembramos que, em Fortaleza não é raro um mesmo professor trabalhar em mais de uma escola o que significa que mesmo professor que necessitou se ausentar de uma escola muito provavelmente teve que se ausentar de uma outra ou outras.
Outro destaque que se deve dar é que muitos são temporários e O Estado demora a colocar o profissional em folha deixando-o muitas vezes em condição vexatória de ter se quer o dinheiro do transporte para ir trabalhar.

Fonte: Educador Sempre.

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