A caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro, já perdeu quase a metade da sua cobertura vegetal original. Ela virou carvão para alimentar os pólos gesseiros e siderúrgicos, se transformou em pastagens pobres e canaviais de baixa produtividade ou simplesmente queimou nos fogões a lenha das cozinhas sertanejas. Ficaram no Nordeste imensos desertos e uma população ainda mais vulnerável aos efeitos da seca, tanto mais rigorosa quanto mais se aprofundam as mudanças climáticas. Esse é o resumo do diagnóstico apresentado ontem pelo ministro do Meio Ambiente Carlos Minc, que divulgou os resultados do monitoramento do desmatamento do bioma desde 2002 até 2008. A perda no período foi de 16.576 km2, o que representa uma taxa de desmatamento anual de 0,33%. “É uma taxa muito alta considerando vulnerabilidade da região”, afirmou o Ministro.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, estudos indicam que o Nordeste pode perder um terço de sua economia até o final do século com os efeitos do aquecimento global e da desertificação. Apesar da urgência, a intervenção das autoridades ambientais é dificultada pela maneira pulverizada com que ocorre desmatamento do bioma. Os dados do monitoramento, que mapeia com detalhes as áreas desmatadas, é a principal ferramenta para enfrentar essa dificuldade e será a base de dois planos de ação que estão sendo desenhados em conjunto pelos governos Federal e dos estados nordestinos, com a participação de instituições de pesquisa, entidades acadêmicas e organizações da sociedade civil: o Plano de Combate à Desertificação do Nordeste – que será discutido amanhã e depois pelos governadores da região em Perolina (PE) e Juazeiro (CE) – e o Plano de Combate ao Desmatamento na Caatinga, previsto para ser lançado oficialmente no final de abril. Este prevê mudanças na matriz energética – hoje calcada na lenha e no carvão da caatinga -, recuperação de solos e micro-bacias e disponibilização de programas de assistência técnica e linhas de financiamento para reflorestamento, produção sustentável e combate à desertificação. Os recursos virão do Banco do Nordeste, através do Fundo Caatinga, do Banco do Brasil, que finaliza formatação do Fundo contra a Desertificação e do próprio MMA, que pretende investir no Nordeste os cerca de R$500 milhões que serão destinados pelo Pré- Sal ao Fundo Clima.
A Caatinga cobria originalmente 826.411 km² dos estados da Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Maranhão, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte e Minas Gerais. Mas apesar de sua importância como ecossistema único, protetor dos reservatórios de água nos longos períodos de estiagem e habitat de espécies vegetais e animais endêmicas (que só ocorrem na região), apenas 7% do bioma estão protegidos, dos quais só 2% de forma integral. Esse índice vai crescer um pouco até o fim do mês, com a ampliação do Parque Nacional da Serra da Confusão. A unidade de conservação, atualmente com 550 mil hectares, vai ganhar mais 300 mil hectares graças a um acordo com o governo do Piauí que cedeu à União terras do estado para compensar as áreas que deixaram de ser preservadas por pequenos agricultores a título de reservas legais. Para a caatinga, a reserva legal prevista no Código Florestal é de 20%. Essa é a primeira vez que o mecanismo de compensação, criado no final do ano passado, foi utilizado.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, estudos indicam que o Nordeste pode perder um terço de sua economia até o final do século com os efeitos do aquecimento global e da desertificação. Apesar da urgência, a intervenção das autoridades ambientais é dificultada pela maneira pulverizada com que ocorre desmatamento do bioma. Os dados do monitoramento, que mapeia com detalhes as áreas desmatadas, é a principal ferramenta para enfrentar essa dificuldade e será a base de dois planos de ação que estão sendo desenhados em conjunto pelos governos Federal e dos estados nordestinos, com a participação de instituições de pesquisa, entidades acadêmicas e organizações da sociedade civil: o Plano de Combate à Desertificação do Nordeste – que será discutido amanhã e depois pelos governadores da região em Perolina (PE) e Juazeiro (CE) – e o Plano de Combate ao Desmatamento na Caatinga, previsto para ser lançado oficialmente no final de abril. Este prevê mudanças na matriz energética – hoje calcada na lenha e no carvão da caatinga -, recuperação de solos e micro-bacias e disponibilização de programas de assistência técnica e linhas de financiamento para reflorestamento, produção sustentável e combate à desertificação. Os recursos virão do Banco do Nordeste, através do Fundo Caatinga, do Banco do Brasil, que finaliza formatação do Fundo contra a Desertificação e do próprio MMA, que pretende investir no Nordeste os cerca de R$500 milhões que serão destinados pelo Pré- Sal ao Fundo Clima.
A Caatinga cobria originalmente 826.411 km² dos estados da Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Maranhão, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte e Minas Gerais. Mas apesar de sua importância como ecossistema único, protetor dos reservatórios de água nos longos períodos de estiagem e habitat de espécies vegetais e animais endêmicas (que só ocorrem na região), apenas 7% do bioma estão protegidos, dos quais só 2% de forma integral. Esse índice vai crescer um pouco até o fim do mês, com a ampliação do Parque Nacional da Serra da Confusão. A unidade de conservação, atualmente com 550 mil hectares, vai ganhar mais 300 mil hectares graças a um acordo com o governo do Piauí que cedeu à União terras do estado para compensar as áreas que deixaram de ser preservadas por pequenos agricultores a título de reservas legais. Para a caatinga, a reserva legal prevista no Código Florestal é de 20%. Essa é a primeira vez que o mecanismo de compensação, criado no final do ano passado, foi utilizado.
Fonte: Roberio Soares - São Gonçalo Noticia.
Vamos Nós: O texto inclui o sertanejo na lista como um dos responsáveis da devastação, pois utilisa a lenha da caatinga em seus fogões artesanais. Concordo, mas apontar o pobre morador sertanejo como um dos agressores é tentar desviar as atenções aos responsáveis legais e imorais: os empresário locais na produção de carvão para restaurantes, siderurgicas e gesseiros. A anos (decadas) o sertanejo usa seus fogões a lenha, entretanto a falta de politicas publicas no desenvolvimento local do nordeste fez com que o SERTANEJO buscasse outras fontes de renda: A EXPLORAÇÃO DA MATA NATIVA PARA A PRODUÇÃO DO CARVÃO VEGETAL.
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